Autoridade Tributária Argentina poderá confiscar carteiras digitais para cobrar dívidas fiscais

By Bitcoin.com - 2 anos atrás - Tempo de leitura: 2 minutos

Autoridade Tributária Argentina poderá confiscar carteiras digitais para cobrar dívidas fiscais

A Autoridade Tributária Argentina (AFIP) agora poderá confiscar os bens que os contribuintes têm em carteiras digitais se tiverem dívidas com a organização. A recomendação para que os advogados desta instituição incluam essas contas digitais foi feita no ano passado, mas a execução da cobrança de dívidas foi suspensa durante o período de pandemia da Covid-19. No entanto, esses procedimentos começaram a ser executados em 31 de janeiro.

Autoridade Tributária Argentina de olho nas carteiras digitais

A AFIP, a Autoridade Tributária da Argentina, incluiu os fundos em carteiras digitais como um dos ativos que podem ser confiscados dos contribuintes para liquidar dívidas fiscais. Essa adição foi sugerida aos procuradores do estado em novembro, mas os processos de confisco desse tipo foram suspensos até 31 de janeiro devido aos efeitos da pandemia de Covid-19.

A organização já definiu o procedimento que precisa seguir para confiscar ativos nessas contas digitais. Acrescenta isso a outros veículos de investimento à sua disposição para confiscar, como contas bancárias, empréstimos a terceiros, casas e carros. Sobre a importância desta nova adição, fontes oficiais disse mídia local que:

O desenvolvimento dos meios eletrônicos de pagamento e seu uso generalizado explicam a decisão da agência de incluir as contas digitais na lista de bens que podem ser penhorados para cobrança de dívidas.

A Autoridade Tributária Argentina possui os dados relevantes para cobrança devido a diferentes medidas regulatórias que obrigam as instituições financeiras a ceder as informações dos clientes quando exigido por lei. Existem 9,800 contribuintes cujas contas digitais serão confiscadas, de acordo com relatórios.

Procedimentos Atuais e Criptografia

Esse procedimento recém-aprovado permitirá que a instituição confisque fundos de mais de 30 carteiras digitais que lidam com a moeda fiduciária nacional no país, como Bimo e Ualá. Mas o alvo mais importante para o fisco argentino é o Mercado Pago, a carteira digital do Mercado livre, um bitcoin-amigáveis unicórnio de varejo, que permite que os devedores guardem suas economias longe das autoridades fiscais.

As carteiras digitais não serão o primeiro alvo na cobrança de dívidas fiscais. Primeiro, a organização buscará o confisco de alternativas mais líquidas. Somente quando esses fundos não estiverem disponíveis a organização buscará outros ativos.

Sebastián Domínguez, da SDC Tax Advisors, disse à mídia local que até as criptomoedas podem ser confiscadas se a custódia desses ativos depender de uma entidade com sede na Argentina. Ele explicou:

A novidade aponta para o fato de as carteiras digitais serem alvo do procedimento devido ao seu crescimento, mas isso não implica que o restante dos ativos não esteja sujeito a possíveis embargos.

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Fonte original: Bitcoin.com