By Bitcoin Revista - 6 meses atrás - Tempo de leitura: 5 minutos
Alguém está inscrevendo todos os infames registros da guerra afegã do WikiLeak Bitcoin
Julian Assange segura um exemplar do jornal Guardian durante uma conferência de imprensa em Londres, em 26 de julho de 2010.Arquivo Andrew Winning / Reuters
O que começou com um inscrição misteriosa do dia 7 de outubro poderá acabar por se transformar no mais recente protesto global em apoio ao jornalista e ativista Julian Assange.
Conforme revelado por Bitcoin Magazine, an unknown "Projeto Spartacus" has formed in an attempt to immortalize on bitcoin the classified information that the U.S. government has long alleged Julian Assange illegally provided to journalists in the infamous Afghan War Diary.
Following the inscription, an anonymous individual has contacted Bitcoin Magazine claiming responsibility for the project, which aims to inscribe the tens of thousands of logs from the Afghan War published by Julian Assange’s WikiLeaks in July 2010 into the bitcoin blockchain.
Estes registos criaram uma grande agitação nos meios de comunicação dos EUA na altura em que foram publicados e suscitaram fortes reacções por parte do governo do país. Notavelmente, o conteúdo dos registos não só diferia do que tinha sido apresentado nos principais meios de comunicação social, como também oferecia informações preocupantes sobre o que realmente aconteceu no Afeganistão. Por vezes, os registos levantaram questões sobre a condução de algumas operações militares dos EUA.
A publicação dos registos de guerra, que foi coordenada com o The Guardian, o The New York Times e outros, causou um estímulo dentro do governo. A primeira acusação apresentada contra Assange centrou-se numa alegada conspiração entre ele e Chelsea Manning para violar uma conta num computador na sua base militar. De acordo com as acusações, o “objetivo principal da conspiração era facilitar a aquisição e transmissão de informações confidenciais por Manning”.
No entanto, como relatado pelo The Intercept, mais tarde ficou claro que o suposto hacking não apenas não aconteceu, mas também não poderia ter acontecido. Novo testemunho, relatado pelo site de notícias investigativas Shadowproof, também mostrou que Manning já tinha acesso autorizado e capacidade de exfiltrar todos os documentos que ela foi acusada de vazar – sem receber qualquer ajuda técnica do WikiLeaks.
Na verdade, a acusação descreve os tipos de atividades realizadas por muitas organizações de notícias e jornalistas todos os dias, incluindo a obtenção e publicação de informações verdadeiras de interesse público, a comunicação entre um editor e uma fonte e a utilização de ferramentas de encriptação.
Além dos registros da Guerra do Afeganistão, o WikiLeaks também publicou os da Guerra do Iraque. Esta fotografia mostra um iraquiano ferido a ser carregado numa carrinha durante um ataque de helicópteros Apache que matou uma dúzia de pessoas em Bagdad, incluindo dois jornalistas da Reuters, em 12 de Julho de 2007.Arquivo Ho New / Reuters
It seems this backdrop is the context through which Project Spartacus attempts to take a foothold in the bitcoin ecosystem. The project leverages the Ordinals protocol, a metaprotocol for bitcoin that lets anyone add arbitrary data to the original cryptocurrency's blokchain. Given the properties of bitcoin and its decentralized network of nodes, once data is added to its blockchain it can never be removed or altered.
Essas propriedades são aparentemente ótimas para o caso de uso de combate à censura de informações. Sob esta luz, parece que o Projecto Spartacus pretende tomar uma posição em relação à liberdade de informação e conhecimento, tornando impossível a qualquer pessoa mexer com os dados que Assange arriscou a sua vida para tornar públicos. O jornalista enfrenta atualmente uma potencial extradição para os EUA, apesar de ser cidadão australiano e de não ter cometido alegados crimes em solo norte-americano. O resultado do processo de extradição permanece incerto e continuam a crescer as preocupações relativamente ao seu futuro e se alguma vez recuperará a sua liberdade.
Site do Projeto Spartacus provides a public interface through which any person can “inscribe” –– Ordinals jargon for adding data to bitcoin –– a war log. There seem to be no fees associated with this action apart from network fees, a necessary component to any transaction submitted to the bitcoin network. The page also features a "donate" button, which opens up a panel through which users can optionally send bitcoin to Assange's cause. Donations are said to go towards supporting the following organizations: Freedom of the Press Foundation, The Information Rights Project and Reporters Without Borders.
Um enorme botão retangular aparece na página principal, onde se lê “Publicar registro de guerra”. Ao clicar, o processo de inscrição de um registro de guerra é acionado. O usuário tem a opção de escolher quantos logs inscrever, com um máximo de 300 logs de guerra por transação. O usuário pode então selecionar a taxa de transação, com base na qual é calculado o valor total do pagamento. Ao clicar em “continuar”, o usuário é provavelmente redirecionado para pagamento.
Bitcoin: More Than Money?
Commonly seen as a monetary network, bitcoin can also serve as a decentralized and unstoppable publishing technology thanks to the Ordinals protocol. Created last year by bitcoin developer Casey Rodarmor, Ordinals aims to make it easy for anyone to add data to bitcoin –– be it text, image, video, HTML or Markdown.
The development saw a parabolic surge in activity within a short few months. The amount of inscriptions added to bitcoin in the first 200 days following the launch of Ordinals was greater than the number of Ethereum NFTs created in the same 200-day period after nonfungible tokens went live on ETH.
This rise in popularity caused a big fee spike on the bitcoin blockchain, leading some users to complain about the perceived “uselessness” of adding arbitrary data to what should arguably be a monetary network. Since bitcoin is ruled by rules, not rulers, and Ordinals transactions abide by the protocol’s rules, the activity was able to continue and thrive for months, leading to a plethora of applications and new developments being built on the original cryptocurrency.
O Projeto Spartacus dá uma volta no popular caso de uso do Ordinals de fazer NFTs na cadeia mãe para aparentemente se concentrar na finalidade completa dos dados em uma cadeia descentralizada de informações, que é administrada por dezenas de milhares de nós em centenas de jurisdições diferentes ao redor do mundo.
Nesse sentido, os Ordinais podem muito bem ser a ferramenta de publicação definitiva que muitos no mundo têm procurado para combater a censura e a adulteração de informações.
Fonte original: Bitcoin Magazine